Hoje, coincidentemente, dois alunos me procuraram dizendo que estavam com ideias de novos negócios. Eles me contaram rapidamente suas ideias e ambos terminaram a explicação com a seguinte pergunta:
"- A ideia é essa, e agora? Não faço a mínima ideia por onde começar, você pode me ajudar?"
"- A ideia é essa, e agora? Não faço a mínima ideia por onde começar, você pode me ajudar?"
Minha resposta para ambos os casos foi:
"- Com essa sua ideia, você tem em mente, bem claro, qual problema ou desejo do consumidor o seu projeto resolve?"
Pense comigo, já reparou que todo novo negócio surge para resolver a angústia, problema ou desejo de alguém? Muitas vezes do próprio idealizador ou de alguém muito próximo. Quantas pessoas você conheceu ou ouvir de falar de pessoas que pensaram em determinado negócio, pois queriam comprar e não achavam, então resolveram criar?
Recentemente ouvi uma entrevista do Davi Pinto, criador e proprietário da Dr. Resolve, uma empresa de manutenção doméstica, meses antes de casar, durante a reforma do apartamento. A dificuldade de encontrar bons profissionais, fez com que ele tivesse a ideia e criasse esse negócio, que hoje possui mais 400 franquias em 5 países. Criaram também o Instituto da Construção, uma escola de formação de profissionais da construção civil, que capacita os próprios profissionais da rede, e que também segue o modelo de franquias. Foi a partir de uma necessidade própria, que ele encontrou uma oportunidade de mercado e hoje é extremamente bem sucedido.
As oportunidades estão aí para serem aproveitadas. Como já disse em outro post, ideias não valem nada. Minha sugestão para os meus alunos foi a seguinte: coloque a sua ideia no papel com a maior riqueza de detalhes possível, dentro daquilo que você imaginou. Converse com pessoas próximas sobre a sua ideia. Não precisa ter medo de alguém se apropriar dela, afinal, da forma como está sendo apresentada, ela é única e sua. Dessas conversas, podem surgir outros insights e você vai lapidando, até chegar em um conceito de produto.
Faça um CANVAS, que eu explico melhor nesse post. É a forma mais simples e rápida de modelar um negócio hoje em dia. Em poucas horas você consegue visualizar os principais elementos e recursos necessários para que o projeto torne realidade. Com o Canvas em mãos, busque pessoas que sejam potenciais clientes e converse com eles, apresente suas ideias e ouça a opinião deles. Com isso, você estará testando o conceito do projeto. Aproveite para fazer as melhorias necessárias e outras discussões, até que você se sinta seguro para levar a sua ideia adiante, desenvolvendo protótipos e tudo mais.
A partir desse momento, cada projeto tende a ter uma continuidade diferente. Se for um aplicativo ou software por exemplo, você deve buscar um desenvolvedor e se aprofundar na viabilidade e questões técnicas. Se for um produto físico, você vai partir para os protótipos e testes. Se for um serviço, você vai começar a prestar o serviço em pequena escala, testando e fazendo os ajustes necessários. Importante que você comece a testar o quanto antes, assim que você tiver o que chamamos de 'mínimo produto viável', assim você não desperdiçará tempo nem dinheiro.
O que você deve ter em mente é que todo novo negócio COMEÇA COM O PÚBLICO, com o potencial cliente, entendendo o que ele precisa, encontrando oportunidades. É ele quem vai te ajudar a validar a ideia e a colocar o negócio no mercado. Não pergunte o que ele 'quer' para resolver o problema, pois provavelmente ele não vai saber. Como Henri Ford dizia, "se eu perguntasse para os meus clientes o que eles queriam, teriam dito que é um cavalo mais rápido". Descubra o que eles 'precisam' e encontre a melhor solução para o problema em questão.
Esse é o papel do empreendedor!
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Sucesso e bons negócios!
Vivi Pimenta
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