Em momentos de crise econômica, como esse que estamos vivendo agora, surgem algumas
situações que valem a pena serem analisadas. O Gilberto Dimenstein, comentarista da Rádio CBN,
trouxe alguns dados interessantes no último dia 5 de Abril, sobre o aumento de mais de 50% nas buscas no
Google em relação a produtos usados e semi novos. E que, entre contratar um
serviço e a opção de 'faça você mesmo', essa última opção é disparadamente
maior nas buscas. Por exemplo, a busca por 'como consertar um eletrodoméstico'
aumentou em 36%, 'como fazer amaciante caseiro' aumentou 72%. Já a busca por
restaurantes no Google diminuiu, mas por outro lado a busca por receitas
famosas no YouTube aumentou 220%, na tentativa de reproduzir receitas
sofisticadas em casa.
O desejo de obter algum produto ou serviço, somado à possibilidade de
compra, é o que chamamos de Demanda de Mercado. Com esses dados apresentados
pelo Dimenstein, podemos observar o impacto do cenário econômico na oscilação
da demanda, apresentando uma série de ameaças para alguns negócios, mas também
uma série de oportunidades para outros. Estimar a demanda de mercado é
extremamente útil para levantar oportunidades e verificar quais segmentos são
mais atrativos, onde vale mais a pena investir e quais os recursos necessários
para atuar nesse segmento. Em síntese, estimar a demanda de mercado nos ajuda a
dimensionar corretamente os recursos que a empresa deve ter para atender à essa
demanda.
Podemos estimar a demanda de mercado para o curto, médio e longo prazos,
para um item ou linha de produtos, e até para uma empresa inteira. Além disso,
podemos considerar um bairro, uma cidade ou um país inteiro em termos de
abrangência geográfica para estimar a demanda. Por essa razão, dizemos que a
demanda de mercado é definida em função dos critérios estabelecidos para cálculo,
e que pode mudar a cada fato novo ou mudança de critério.
Vários fatores influenciam a demanda, e o comportamento do consumidor é um
deles. Quando o consumidor perde o interesse em adquirir um produto ou serviço,
há muito pouco ou nada a se fazer. Buscar nichos de mercado, reposicionar ou
reformular o produto são algumas alternativas, mas não garantem que a demanda
voltará aos patamares anteriores. Por isso, estejamos atentos aos interesses e
hábitos do nosso público.
O preço é outro fator que influencia na estimativa da demanda e também é
influenciado por ela. Peguemos por exemplo os hotéis: quando estamos na baixa
temporada (baixa demanda), os preços caem. Quando estamos na alta temporada
(alta demanda), os preços sobem. As empresas também podem interferir na demanda, independentemente da época do ano, de acordo com a sua
capacidade produtiva. Quando chegam perto do limite, possuem duas alternativas:
aumentam a capacidade ou sobem os preços. Portanto, ter uma correta gestão de
preços é extremamente estratégico para equacionar a oferta e a procura.
Sempre digo que na crise há os que choram e os que vendem lenços, e que é
comum o consumidor buscar produtos alternativos para satisfazer seus desejos. Devemos
estar atentos ao movimento do mercado e buscar constantemente a fidelização
desse consumidores, inovando, reforçando os diferenciais, buscando novos
segmentos e novas oportunidades, pois essas, certamente existem e estão aí para
serem aproveitadas.
Sucesso e bom trabalho!
Vivi Pimenta
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