6 de abril de 2016

A Demanda e a Crise




Em momentos de crise econômica, como esse que estamos vivendo agora, surgem algumas situações que valem a pena serem analisadas. O Gilberto Dimenstein, comentarista da Rádio CBN, trouxe alguns dados interessantes no último dia 5 de Abril, sobre o aumento de mais de 50% nas buscas no Google em relação a produtos usados e semi novos. E que, entre contratar um serviço e a opção de 'faça você mesmo', essa última opção é disparadamente maior nas buscas. Por exemplo, a busca por 'como consertar um eletrodoméstico' aumentou em 36%, 'como fazer amaciante caseiro' aumentou 72%. Já a busca por restaurantes no Google diminuiu, mas por outro lado a busca por receitas famosas no YouTube aumentou 220%, na tentativa de reproduzir receitas sofisticadas em casa. 

O desejo de obter algum produto ou serviço, somado à possibilidade de compra, é o que chamamos de Demanda de Mercado. Com esses dados apresentados pelo Dimenstein, podemos observar o impacto do cenário econômico na oscilação da demanda, apresentando uma série de ameaças para alguns negócios, mas também uma série de oportunidades para outros. Estimar a demanda de mercado é extremamente útil para levantar oportunidades e verificar quais segmentos são mais atrativos, onde vale mais a pena investir e quais os recursos necessários para atuar nesse segmento. Em síntese, estimar a demanda de mercado nos ajuda a dimensionar corretamente os recursos que a empresa deve ter para atender à essa demanda.

Podemos estimar a demanda de mercado para o curto, médio e longo prazos, para um item ou linha de produtos, e até para uma empresa inteira. Além disso, podemos considerar um bairro, uma cidade ou um país inteiro em termos de abrangência geográfica para estimar a demanda. Por essa razão, dizemos que a demanda de mercado é definida em função dos critérios estabelecidos para cálculo, e que pode mudar a cada fato novo ou mudança de critério.

Vários fatores influenciam a demanda, e o comportamento do consumidor é um deles. Quando o consumidor perde o interesse em adquirir um produto ou serviço, há muito pouco ou nada a se fazer. Buscar nichos de mercado, reposicionar ou reformular o produto são algumas alternativas, mas não garantem que a demanda voltará aos patamares anteriores. Por isso, estejamos atentos aos interesses e hábitos do nosso público.

O preço é outro fator que influencia na estimativa da demanda e também é influenciado por ela. Peguemos por exemplo os hotéis: quando estamos na baixa temporada (baixa demanda), os preços caem. Quando estamos na alta temporada (alta demanda), os preços sobem. As empresas também podem interferir na demanda, independentemente da época do ano, de acordo com a sua capacidade produtiva. Quando chegam perto do limite, possuem duas alternativas: aumentam a capacidade ou sobem os preços. Portanto, ter uma correta gestão de preços é extremamente estratégico para equacionar a oferta e a procura.

Sempre digo que na crise há os que choram e os que vendem lenços, e que é comum o consumidor buscar produtos alternativos para satisfazer seus desejos. Devemos estar atentos ao movimento do mercado e buscar constantemente a fidelização desse consumidores, inovando, reforçando os diferenciais, buscando novos segmentos e novas oportunidades, pois essas, certamente existem e estão aí para serem aproveitadas.

Sucesso e bom trabalho!

Vivi Pimenta


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